Nasci em Belo Horizonte, filha de pães alemães. Moro em São Bernardo do Campo há 40 anos. Formada em secretariado, comecei a atuar na função na Mercedes-Benz.
Aprendi a fazer bordados, tricô, crochê muito cedo, com 10 anos, com minha avó e mãe. Com 14 anos fiz curso de corte e costura, tudo isso fazia parte do “curriculum da mulher”.
Mesmo trabalhando formalmente, sempre fazia meus trabalhos artesanais e vendia para as colegas. Parei de trabalhar fora de casa quando fui mãe, mas mesmo assim não deixei de fazer artesanato; fiz um curso de chocolate e fazia ovos de Páscoa, bombons, trufas…
Quando minhas meninas eram pequenas, enquanto estavam na escola infantil, fiz muitos cursos de artesanato pelo CIP – Centro de Iniciação Profissional no Teatro Martins Pena, em São Bernardo.
Como todas temos altos e baixos na nossa vida, meu marido ficou desempregado em 1999, comecei a sustentar a casa fazendo trufas e voltei ao mercado formal.
Em 2016 saí do emprego formal; foi quando a Rose me convidou para fazer parte da Economia Solidária.
No começo só queria ser uma artesã, para preencher a minha cabeça com coisas boas, mas logo comecei a fazer parte da coordenação, ajudar com eventos e ajudar as colegas, fiquei responsável pelo financeiro do grupo.
Gosto de fazer parte desse grupo, somos uma grande família, aprendemos a dividir as ideias, o jeito de trabalhar. Porque esta economia é sustentada e configurada para vivermos outra relação de trabalho.
Durante a pandemia, que ainda não acabou, começamos a fazer máscaras para doação para o Hospital Mário Covas, pelo ateliê da Igreja Metodista.
Depois, minha vizinha que é enfermeira, começou a pegar encomendas das colegas de trabalho. Meu genro que trabalha como técnico em máquinas de hemodiálise, também pegou encomendas para mim.
Participei como voluntária na confecção de máscaras para a Secretaria da Saúde de São Bernardo do Campo para distribuir à população.
Pegamos várias encomendas de entidades.
E continuamos na luta…
Monika Matrowitz Horvato, no Instagram: @monik_arts
